Juiz aposentado é acusado de bater em motos e se recusar a pagar conserto; veja vídeo

Um acidente de trânsito aparentemente simples em Belo Horizonte acabou se transformando em uma disputa judicial envolvendo um juiz aposentado. Um motorista, ao tentar sair de uma vaga de estacionamento, colidiu com duas motos estacionadas, causando danos significativos a uma delas. O que deveria ser apenas mais um pequeno incidente de trânsito, sem vítimas, rapidamente tomou rumos inesperados quando o motorista se envolveu em uma ação judicial. O motivo? Ele deixou o local sem prestar assistência ou pagar pelos danos causados.

O Acidente e a Indiferença do Motorista

O acidente ocorreu na avenida Bias Fortes, no bairro Lourdes, uma área da região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um jovem desenvolvedor de software, de 29 anos, estacionou sua moto, uma Honda XRE 190, na via. Quando retornou ao local, ficou surpreso ao perceber que seu veículo estava danificado. O responsável pelo acidente, um motorista de um Honda Fit prata, ao tentar sair da vaga, acabou esbarrando nas motos estacionadas, derrubando-as.

Curiosamente, mesmo tendo causado o acidente, o motorista não parou para ajudar e, além disso, não deixou informações de contato. Felizmente, testemunhas que presenciaram o acidente conseguiram tirar fotos que mostraram a placa do carro. Para agravar ainda mais a situação, uma câmera de segurança da região flagrou o momento exato em que as duas motos caem. E enquanto o carro, que já estava em baixa velocidade, segue em frente sem que o motorista desça para ajudar.

A Reação Judicial e o Papel da Defensoria Pública

Após o ocorrido, o proprietário da moto danificada, tentando resolver a situação de maneira amigável. Entrou em contato com o motorista do Honda Fit, propondo um acordo para cobrir o valor de R$ 1.400,00, necessário para os reparos do veículo. No entanto, todas as tentativas de resolução amigável foram ignoradas. O motorista, mais tarde identificado como um juiz aposentado, não respondeu às solicitações e sequer tentou estabelecer um diálogo com a vítima.

Diante da falta de resposta, o motociclista decidiu recorrer à Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG). Que então iniciou uma ação judicial em nome do proprietário da moto. O objetivo da ação era garantir que o motorista responsável pelos danos assumisse suas obrigações. Especialmente considerando que ele não havia demonstrado intenção de reparar os prejuízos de maneira amigável.

Este caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade em acidentes de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é obrigação do motorista envolvido em qualquer acidente prestar assistência. Deixar seus dados de contato e aguardar a chegada das autoridades competentes quando necessário. No entanto, a atitude do motorista de fugir do local sem prestar socorro ou tentar resolver a situação amigavelmente é, sem dúvida, um comportamento inadequado.

Além disso, é importante notar que essa situação não apenas compromete a confiança da sociedade no comportamento do indivíduo. Mas também prejudica o sistema legal. Ao ignorar as normas que visam garantir a justiça e a equidade em casos como esse. Portanto, a responsabilidade legal deve ser sempre uma prioridade, especialmente para profissionais que desempenham papéis de destaque na sociedade.

Perguntas frequentes 

O que acontece quando o motorista foge do local de um acidente?

Fugir do local de um acidente pode resultar em multas pesadas, perda de pontos na carteira de habilitação e, dependendo da gravidade do caso, até mesmo em prisão.



Como a Defensoria Pública pode ajudar em situações de danos materiais em acidentes de trânsito?

A Defensoria Pública oferece apoio jurídico à vítima, ajudando a iniciar processos judiciais e buscando garantir que os responsáveis pelos danos sejam responsabilizados e que as vítimas sejam compensadas.



Por que é fundamental registrar um acidente de trânsito, mesmo sem vítimas?

Registrar o acidente, seja por meio de fotos, testemunhas ou câmeras de segurança, garante que as evidências sejam preservadas, o que facilita a resolução do caso, seja de forma amigável ou judicial.