A recente operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 60 mortos em comunidades da zona norte, reacendeu um debate nacional sobre segurança pública, limites do Estado e o papel das instituições. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a comentar o episódio e, sem meias-palavras, classificou a ação como “a maior faxina da história do Rio”. A frase rapidamente se espalhou pelas redes, dividindo opiniões entre quem aplaude a firmeza e quem vê na fala um sinal de insensibilidade diante da tragédia.
Crítica direta ao STF e à esquerda
Em pronunciamento na Câmara, Nikolas afirmou que a esquerda “chora por traficantes” e acusou o Supremo Tribunal Federal de enfraquecer o combate ao crime. Segundo ele, as decisões que limitam operações policiais em comunidades acabaram criando “zonas de impunidade”, onde o Estado perdeu o controle.
“O STF se tornou um escudo para bandidos”, disse o deputado. “Quando o policial é impedido de agir, quem ganha é o criminoso. Essa operação mostra que, quando o Estado enfrenta o medo, o resultado aparece.” A fala foi aplaudida por aliados e criticada por parlamentares da oposição, que classificaram o tom do discurso como “populismo violento”.
Nikolas cobra Lula por não decretar GLO
Outro ponto de destaque nas declarações do deputado foi o ataque direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nikolas acusou o governo federal de “lavar as mãos” e não oferecer apoio militar ao estado do Rio.
“Enquanto os policiais arriscam a vida, o presidente cruza os braços”, disse. “Se tivesse decretado a GLO, muitos agentes estariam mais protegidos e o crime organizado teria sentido a força do Brasil.” A crítica ecoa entre setores mais conservadores do Congresso, que veem a ausência da GLO como um sinal de hesitação política.
Entre a “faxina” e o medo da violência
Apesar da defesa de Nikolas, o saldo da operação levanta questionamentos. Moradores relatam pânico, escolas fechadas e transporte interrompido. Para defensores dos direitos humanos, o alto número de mortos pode indicar uso desproporcional da força, reforçando a distância entre o Estado e as comunidades.
Nikolas, por outro lado, mantém sua posição: “O Rio precisa de ordem. E ordem não se faz com flores.” A frase resume o tom de um político que aposta no confronto direto como solução para a criminalidade — mesmo que isso custe novas controvérsias.
Perguntas e respostas
Porque, segundo ele, foi uma ação que limpou áreas dominadas pelo tráfico e representou a retomada do controle do Estado.
Ele acusa o tribunal de limitar o trabalho da polícia e fortalecer o crime nas favelas.
Que o presidente decrete a GLO e permita a atuação das Forças Armadas em apoio à segurança pública no Rio.












