Em setembro de 2024, Paulo Henrique, vereador de Cuiabá, foi preso durante a Operação Pubblicare, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo facções criminosas, como o Comando Vermelho, e servidores públicos. A operação revelou que o vereador facilitava a liberação de eventos culturais em troca de propinas. Além disso, ele é acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro em casas de festas associadas à facção criminosa.
Defesa de Paulo Henrique recorre das medidas cautelares
Após a prisão, a defesa de Paulo Henrique recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pedindo a suspensão das medidas cautelares impostas. Entre essas medidas, destacam-se o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias. Os advogados argumentaram que os bens apreendidos foram adquiridos de forma legal e não têm ligação com atividades criminosas. Além disso, eles destacaram que as medidas são desproporcionais e não possuem justificativa adequada. Por fim, a defesa afirmou que a suspensão das medidas não prejudicaria a investigação, já que ela continua em andamento.
Esquema de corrupção e lavagem de dinheiro
A Operação Pubblicare, que é um desdobramento da Operação Ragnatela, desmantelou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo agentes públicos e facções criminosas. Durante as investigações, foi identificado que Paulo Henrique facilitava a realização de eventos culturais para o Comando Vermelho, liberando licenças sem a documentação necessária em troca de propinas. Além disso, a operação revelou que diversos servidores públicos colaboraram com a facção criminosa, permitindo que os eventos acontecessem sem fiscalização. Esse tipo de colaboração tornou o esquema ainda mais complexo e difícil de ser detectado pelas autoridades.
A Operação Pubblicare cumpriu 15 medidas cautelares, que incluem a prisão preventiva de Paulo Henrique, buscas, apreensões de bens e o bloqueio de contas bancárias. A Polícia Federal e as autoridades locais seguem investigando as conexões entre políticos e facções criminosas, o que evidencia a profundidade da corrupção dentro das instituições públicas. Embora a defesa de Paulo Henrique busque a suspensão das medidas, a investigação ainda está em andamento e pode revelar novos desdobramentos, como o envolvimento de outros agentes públicos e políticos no esquema de corrupção.










