Entre abril e maio de 2024, a maior enchente da história devastou o Rio Grande do Sul, causando impactos profundos e consequências alarmantes. Durante o período, as autoridades confirmaram 183 mortes e ainda buscam 27 desaparecidos, enquanto a tragédia afetou diretamente mais de 800 mil gaúchos. Aliás, o evento destacou fragilidades críticas na infraestrutura estadual, o que gerou um alerta sobre a necessidade urgente de adotar medidas preventivas contra desastres climáticos. Assim, o episódio enfatizou os desafios de enfrentamento a eventos extremos e a responsabilidade de planejar ações eficazes.
Rio Grande do Sul ainda sente os efeitos da maior enchente da história do estado; VEJA VÍDEO pic.twitter.com/4txyh56fDq
— O Matogrossense (@o_matogrossense) January 1, 2025
O impacto na infraestrutura e na mobilidade
A força das águas atingiu 484 dos 497 municípios gaúchos, causando danos severos em rodovias, equipamentos públicos e sistemas de transporte. Estradas estaduais e federais sofreram extensos prejuízos, com mais de 13 mil quilômetros comprometidos e 14 pontes destruídas. Até o momento, nenhuma das pontes foi reconstruída, prejudicando a mobilidade de comunidades inteiras.
O setor de transporte público também foi duramente afetado. Estações da Trensurb, que conecta Porto Alegre à Região Metropolitana, ficaram submersas e tiveram os serviços interrompidos por quatro meses, impactando milhares de passageiros. No setor rodoviário, a Estação Rodoviária de Porto Alegre ficou fechada por um mês, paralisando viagens regionais e interestaduais. No transporte aéreo, o Aeroporto Internacional Salgado Filho ficou inundado por mais de 20 dias, forçando o desvio de voos para a Base Aérea de Canoas. Com toda a certeza, o fechamento afetou a logística de passageiros e mercadorias, agravando os prejuízos econômicos no estado.
A crise no Centro Histórico de Porto Alegre
Em Porto Alegre, o nível do Guaíba atingiu 5,25 metros, o maior já registrado. A elevação histórica expôs fragilidades do Muro da Mauá, projetado para conter enchentes no Centro Histórico da capital. Falhas de vedação nas comportas permitiram a entrada da água, obrigando a prefeitura a improvisar com sacos de areia para proteger a área.
O Mercado Público, símbolo cultural e comercial da cidade, teve suas atividades suspensas por mais de 40 dias. Além disso, estádios e equipamentos esportivos sofreram danos, interrompendo eventos e impactando o setor cultural.
Consequências humanas e sociais
Contudo, o número de mortes e desaparecimentos destacou a dimensão humana da tragédia. Comunidades inteiras foram deslocadas, e milhares de famílias perderam suas casas e meios de subsistência. O acesso a serviços básicos, como saúde e educação, ficou comprometido em diversas regiões.
Ademais, a enchente expôs a falta de preparação para eventos climáticos extremos, aumentando a pressão sobre governos para investir em infraestrutura resiliente e políticas de prevenção.
Perguntas frequentes
A enchente atingiu diretamente 484 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, o que destacou a amplitude devastadora dessa tragédia histórica.
O Guaíba atingiu 5,25 metros em Porto Alegre, marcando o maior nível já registrado e revelando fragilidades na estrutura do Muro da Mauá.
A enchente impactou severamente os setores de transporte, infraestrutura e cultura, com rodovias, aeroportos e o Mercado Público de Porto Alegre sofrendo grandes prejuízos.