Na manhã desta sexta-feira (26), a Polícia Civil de Mato Grosso desmantelou o grupo criminoso “Tropa de Cuiabá”, que aplicou um golpe de R$ 250 mil contra uma cooperativa de crédito em Campo Grande (MS). A operação, chamada “Euterpe”, cumpriu 11 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão em pontos estratégicos da capital e Várzea Grande. A facção também é responsável por fraudes em grande escala, incluindo um golpe de R$ 1 milhão aplicado contra jogadores da Série A do futebol brasileiro.
— O Matogrossense (@o_matogrossense) September 26, 2025
Golpes eletrônicos e fraudes
A “Tropa de Cuiabá” lidera uma série de fraudes eletrônicas, sendo uma das facções mais perigosas da região. O grupo usa técnicas sofisticadas para desviar grandes quantias de dinheiro de cooperativas e empresas, além de prejudicar indivíduos com diversos golpes. Na “Operação Euterpe”, a Polícia Civil prendeu membros da facção e apreendeu evidências do envolvimento do grupo em lavagem de dinheiro e fraudes digitais.
A ação envolveu equipes da Delegacia de Estelionato de Várzea Grande e da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco (Garras). O delegado Ruy Peral, da Delegacia de Estelionato, revelou que, além das fraudes financeiras, o grupo promove suas atividades criminosas por meio de músicas de funk. Essas canções, além de ostentar lucros ilícitos, recrutam novos membros para a facção.
O funk como ferramenta de recrutamento
O uso de funk para propagar o crime é uma estratégia inovadora e perigosa. O grupo “Tropa de Cuiabá” lançou músicas que glorificam as fraudes e detalham o modus operandi das ações criminosas. A facção usa as redes sociais e as letras de funk para ostentar seus ganhos ilícitos e recrutar jovens para o crime. As músicas reforçam a ideia de que a vida criminosa é uma escolha atraente, promovendo uma cultura de ostentação e desrespeito à lei.
Esse tipo de propaganda criminosa se espalha rapidamente entre a juventude, criando um ciclo vicioso em que o crime é glamorizado. O delegado Peral alertou para o impacto negativo das músicas, que não apenas divulgam o crime, mas também atraem novos membros, incentivando a formação de novas facções.
Perguntas frequentes
A “Tropa de Cuiabá” aplicou um golpe de R$ 250 mil contra uma cooperativa de crédito e é responsável por outras fraudes, incluindo um desvio de R$ 1 milhão de jogadores de futebol.
Eles utilizam letras de funk para ostentar os lucros dos crimes e recrutar novos membros para a facção.
“Euterpe” é o nome da deusa grega da música, uma referência irônica, pois o grupo usava o funk para divulgar suas atividades criminosas.