A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) interrogou nesta sexta-feira (25) os policiais militares presos por suspeita de envolvimento direto na execução do advogado Renato Gomes Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT).
PMs investigados por ex3cuçã0 do ex-presidente da OAB-MT prestam novos esclarecimentos à DHPP; veja vídeo
— O Matogrossense (@o_matogrossense) April 25, 2025
Reprodução: reportermt pic.twitter.com/hytf94fQI6
O delegado Bruno Abreu, que comanda o inquérito, colheu os depoimentos de Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Jorge Rodrigo Martins e Wercelley Benevides de Oliveira. Ele já decretou a prisão preventiva de nove envolvidos no assassinato.
A DHPP intensificou as diligências técnicas e periciais desde o dia do crime. Os investigadores tratam o caso como execução premeditada.
Tiros em plena luz do dia: como aconteceu a execução de Renato Nery
Criminosos abordaram Renato Nery na manhã de 5 de julho de 2023, em frente ao seu escritório, em Cuiabá. Eles dispararam contra o advogado, que ainda chegou a ser socorrido. Médicos do hospital particular onde ele foi internado realizaram uma cirurgia de emergência, mas Nery não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
A morte causou comoção entre juristas e representantes da sociedade civil. Amigos, colegas de profissão e familiares exigiram respostas rápidas e justiça para o caso.
Disputa de terras motivou o crime, dizem investigadores
A polícia apontou a disputa por terras como o principal motivo da execução. Renato Nery atuava em processos relacionados a grandes propriedades rurais e áreas de interesse econômico em Mato Grosso — um dos estados com maior índice de conflitos fundiários do país.
A suspeita de que os militares tenham agido como braço armado em um conflito territorial levanta alertas sobre o uso de agentes públicos em ações de pistolagem. Fontes ligadas à investigação afirmam que o grupo agiu sob comando de mandantes interessados em silenciar o advogado.
Perguntas frequentes
A Polícia Civil investiga os mandantes e segue a linha de que a disputa por terra motivou o crime.
Alguns policiais agem como pistoleiros quando se associam a grupos criminosos ou interesses privados.
Criminosos eliminaram Renato Nery porque ele defendia interesses em disputas fundiárias que ameaçavam grandes poderes econômicos.