“Não cuidam de nada”: governador reage a críticas após operação com 121 mortos no Rio; veja vídeo

A declaração do governador Mauro Mendes movimentou o cenário político e social do país após a operação policial que resultou em pelo menos 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Em resposta às duras críticas de entidades e ONGs de direitos humanos, o governador afirmou que “essas organizações não cuidam de nada” e que “não leva em consideração opiniões de quem só sabe criticar”. O tom firme da fala reacendeu o debate sobre os limites da força policial e a legitimidade das operações em áreas de conflito.

A reação do governo diante das críticas

Durante entrevista, Mauro Mendes afirmou que respeita o direito à crítica, mas que não aceita o que considera “discurso vazio” de algumas ONGs. Segundo ele, a operação representou “a vontade da maioria da população”, que estaria cansada da violência e da influência do crime organizado em comunidades. A fala dividiu opiniões: enquanto parte da população apoia o endurecimento contra facções, outra vê nas declarações do governador uma tentativa de deslegitimar instituições que fiscalizam abusos e cobram investigações.

O que dizem as comunidades afetadas

Moradores dos complexos relataram cenas de desespero e afirmam que houve excessos por parte das forças de segurança. Corpos foram encontrados em áreas de mata, e familiares reclamam da demora na identificação das vítimas. Ativistas e voluntários que acompanharam o resgate classificaram a ação como “chacina” e “massacre”. O clima nas comunidades é de medo e indignação, com relatos de famílias que permanecem sem informações sobre parentes desaparecidos após o confronto. Apesar das queixas, a Secretaria de Segurança afirma que a operação visava combater o tráfico de drogas e prender líderes criminosos que atuavam na região.

O embate entre segurança e direitos humanos

O caso traz à tona um tema recorrente no país: até que ponto o uso da força é justificável em nome da segurança pública? Especialistas apontam que operações desse porte, embora necessárias em determinadas circunstâncias, exigem planejamento, inteligência e respeito aos protocolos legais. A falta de transparência e o número elevado de mortos levantam dúvidas sobre a proporcionalidade da ação e o preparo das equipes envolvidas.

O governador, por outro lado, sustenta que as críticas não podem impedir o Estado de agir contra o crime. “Eu levo em consideração a vontade da maioria das pessoas, que querem viver em paz”, afirmou. No entanto, a linha entre o combate à criminalidade e o abuso de poder parece cada vez mais tênue — e o caso deve seguir repercutindo por muito tempo, tanto nos tribunais quanto na opinião pública.

Perguntas curiosas

1. Por que o governador atacou diretamente as ONGs?

Ele alegou que muitas delas apenas criticam a ação policial, sem propor soluções ou auxiliar na segurança pública.

2. As mortes estão sendo investigadas?

Sim, as autoridades prometeram apurar as circunstâncias de cada caso e identificar se houve abusos durante a operação.

3. Esse tipo de operação é comum no Rio de Janeiro?

Sim, grandes ações policiais em comunidades são frequentes, mas o número de vítimas desta vez foi considerado um dos mais altos da história recente.