Uma criança autista de 7 anos saiu sozinha de uma escola particular localizada no bairro Centro, em Fortaleza. O menino, que é não verbal, deixou o local sem ser percebido pelos funcionários e, somente após 40 minutos, a mãe o encontrou a alguns quarteirões da unidade. O caso levantou questionamentos sobre a segurança de instituições de ensino que atendem alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
fuga registrada por câmeras de segurança
As câmeras da rua Conselheiro Estelita registraram, por volta das 17h30, o momento em que o menino deixa a escola e atravessa a via correndo. As imagens mostram que ele se aproxima de duas pessoas em uma calçada, mas continua caminhando sozinho, sem que ninguém o acompanhe. Quando a mãe chegou para buscá-lo, aproximadamente dez minutos depois, os funcionários informaram que não sabiam onde ele estava. Nesse instante, a mulher entrou em desespero, correu pelas ruas chamando o filho e pediu ajuda.
“Quando eu entrei, elas não sabiam o que me dizer. Com um sorriso sem graça, disseram: ‘não sabemos cadê ele’. Saí gritando, ligando para a polícia e para o avô dele”, relatou a mãe à TV Verdes Mares. Enquanto ela tentava contato com familiares, a busca se intensificava nas redondezas.
reencontro emocionante após o susto
Durante as buscas, um catador de lixo percebeu a aflição da mulher e se aproximou para ajudar. Ele informou que moradores haviam encontrado uma criança caminhando sozinha perto do Cemitério São João Batista. Imediatamente, a mãe correu até o local e reencontrou o menino em segurança. O reencontro emocionou moradores que presenciaram a cena e reforçou a importância da atenção da comunidade em situações de desaparecimento.
escola reage e caso vai parar na polícia
A escola divulgou uma nota afirmando que iniciou as buscas assim que notou a ausência do aluno e que o encontrou rapidamente nas proximidades. No entanto, a mãe contestou a versão e afirmou que ninguém se mobilizou até ela chegar. Diante da divergência, a Polícia Civil do Ceará iniciou uma investigação para apurar se houve negligência ou abandono de incapaz. O caso reacendeu o debate sobre o preparo das escolas particulares para lidar com alunos que têm necessidades específicas.
falhas de segurança e inclusão sob debate
O episódio expôs falhas de supervisão e a carência de protocolos claros de segurança. Especialistas em educação inclusiva destacam que escolas precisam reforçar a vigilância, manter registros de entrada e saída e capacitar funcionários para lidar com alunos com TEA. Além disso, a comunicação com os pais deve ser imediata e transparente em casos de ausência. Esse caso, portanto, evidencia a necessidade urgente de políticas mais rígidas e práticas inclusivas que protejam crianças com deficiência.
Perguntas frequentes
Ele passou pela porta principal sem vigilância e caminhou sozinho pela rua, sem que ninguém percebesse sua ausência.
Um catador de lixo ouviu o desespero da mãe e informou que moradores haviam encontrado o menino próximo ao Cemitério São João Batista.
A Polícia Civil apura se houve negligência ou abandono de incapaz por parte da escola.











