Imagens aéreas registradas por drones revelaram uma cena de forte impacto após a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, teve como objetivo cumprir mandados contra lideranças e integrantes do Comando Vermelho (CV).
De acordo com o balanço divulgado pelas autoridades na quarta-feira (29/10), a operação resultou em 121 mortos, 113 presos e na apreensão de 118 armas, 14 artefatos explosivos e grandes quantidades de drogas. A ação é considerada a mais letal da história recente do estado.
Corpos enfileirados e moradores em desespero
Logo nas primeiras horas da manhã, moradores começaram a retirar corpos do necrotério e levá-los até a Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro. As imagens mostraram dezenas de corpos enfileirados em sacos pretos, em uma tentativa desesperada de reconhecimento por parte das famílias. O clima na região era de dor e revolta.
Autoridades defendem ação e falam em recorde operacional
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, classificou a operação como “o maior baque da história do Comando Vermelho”. Segundo ele, todos os mortos integravam a facção, estavam armados e participaram diretamente dos confrontos com os agentes. O secretário de Segurança Pública reforçou que o planejamento buscou evitar vítimas inocentes e que o foco foi desarticular o núcleo de comando do tráfico.
Impacto e questionamentos sobre a letalidade
Apesar do discurso oficial, o número de mortos reacendeu o debate sobre o uso da força e a segurança pública no estado. Organizações de direitos humanos pedem transparência nas investigações e criticam o alto índice de letalidade das operações nas comunidades. O governo, por outro lado, considera a ação um marco no combate ao crime organizado.
Perguntas rápidas:
O balanço oficial registrou 121 mortos.
Cumprir mandados contra lideranças e integrantes do Comando Vermelho.
Armas, explosivos, munições e toneladas de drogas.
