Um incêndio atingiu, na manhã desta segunda-feira (3), um galpão localizado na Avenida Jurumirim, em Cuiabá, onde anteriormente funcionava uma borracharia. O Corpo de Bombeiros confirmou que o local estava abandonado há meses e vinha sendo ocupado por pessoas em situação de rua. Apesar do susto e da intensa fumaça que assustou moradores e motoristas que passavam pela região, ninguém ficou ferido.
Ocupação irregular e risco crescente
Moradores relataram que o imóvel passou a ser ocupado após o fechamento da borracharia, o que aumentou a circulação de pessoas em situação de vulnerabilidade no entorno. A presença constante de materiais recicláveis e objetos inflamáveis acumulados no local já gerava preocupação entre vizinhos, que temiam a possibilidade de um incêndio ou de outras ocorrências. O episódio desta segunda-feira reforçou esse risco, principalmente em imóveis abandonados sem fiscalização adequada.
A vulnerabilidade social presente nesses espaços expõe tanto os ocupantes quanto a vizinhança a situações de perigo. Especialistas em políticas urbanas defendem que a ausência de políticas de abrigo e reinserção social acaba resultando na ocupação irregular de imóveis, muitas vezes sem condições mínimas de segurança ou higiene.
Como o fogo começou e a ação rápida dos bombeiros
O Corpo de Bombeiros informou que ocupantes do galpão iniciaram as chamas ao queimar fios de telefonia. Essa prática, comum entre pessoas que coletam cobre para venda clandestina, gera fogo alto e libera fumaça tóxica. A ação causa risco de queimaduras, intoxicação e novos incêndios. O fogo se espalhou rapidamente pela estrutura do galpão, que armazenava pneus, madeira e outros materiais inflamáveis. Moradores acionaram as equipes, que chegaram ao local em poucos minutos e controlaram o incêndio antes de atingir imóveis vizinhos. As autoridades interromperam parcialmente o trânsito na avenida para o trabalho de contenção das chamas e rescaldo.
Abandono de imóveis e ausência de fiscalização
O caso reforça o debate sobre abandono de propriedades em áreas urbanas com grande movimento. Imóveis sem uso representam pontos de insegurança e favorecem incêndios, consumo de drogas, furtos e riscos sanitários. Cuiabá já registrou situações semelhantes em outros bairros, o que mostra a necessidade de fiscalização rigorosa e de políticas municipais para destinar corretamente imóveis abandonados. Moradores da região solicitaram apoio de órgãos públicos para impedir novas ocupações, porém o poder público não adotou medidas concretas. A Defesa Civil avaliará a estrutura nos próximos dias para verificar possíveis riscos de desabamento.
Perguntas frequentes:
O fogo começou durante a queima de fios de telefonia realizada por ocupantes do imóvel.
Não, ele estava abandonado e vinha sendo utilizado por pessoas em situação de rua.
Sim, moradores temem novas ocorrências enquanto o imóvel permanecer sem destinação e fiscalização.
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