Operação Fake Faction desmantela quadrilha que fingia ser do PCC para extorquir vítimas; Veja vídeo

Golpe digital movia milhões com intimidação psicológica

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quinta-feira (6/11), a operação Fake Faction, que atingiu uma organização criminosa envolvida em extorsões digitais. O grupo movimentou mais de R$ 2,65 milhões ao aplicar golpes por aplicativos de mensagens. Os criminosos usavam a tática do medo, enviando imagens de armas de fogo e ameaças diretas a familiares das vítimas.

As abordagens eram friamente calculadas. Os golpistas se apresentavam como membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), estratégia usada para aumentar o pânico e garantir transferências instantâneas via Pix. O impacto psicológico era tão forte que muitas vítimas cederam às exigências em poucos minutos, acreditando estarem diante de criminosos reais.

Ação coordenada em sete cidades expõe rede complexa

As diligências ocorreram simultaneamente em seis municípios do Rio Grande do Sul e uma cidade de Santa Catarina, com apoio da 5ª Delegacia de Polícia da Área Central de Brasília. As investigações começaram em janeiro de 2024, após uma denúncia que revelou o método sofisticado usado pela quadrilha.

A operação envolveu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e sequestro de bens, atingindo o núcleo operacional e financeiro do grupo. A ação revelou que a quadrilha mantinha uma estrutura organizada e utilizava tecnologias para mascarar rastros digitais, o que dificultava o rastreamento das contas usadas nos golpes.

Inteligência financeira desmonta o esquema milionário

Com autorização judicial, a equipe de investigação realizou análises de inteligência financeira e quebras de sigilo bancário. As descobertas ampliaram a dimensão do caso e comprovaram que o grupo movimentava milhões de reais em contas interligadas.

A Polícia Civil segue monitorando possíveis ramificações do esquema, que pode ter atingido vítimas em vários estados. As autoridades reforçam o alerta: nenhum órgão policial faz contato por aplicativos exigindo transferências de valores.

Perguntas e respostas:

Quem foi alvo da operação?

Integrantes de uma quadrilha de extorsão digital que fingia ser do PCC.

Quanto dinheiro foi movimentado?

Mais de R$ 2,65 milhões, segundo a Polícia Civil.

Onde ocorreram as ações?

No Distrito Federal, seis cidades do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina.