O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) reforçou o alerta sobre o uso criminoso de cerol e linha chilena após dois acidentes graves, incluindo a morte de uma criança de 9 anos. Os militares destacam que os materiais, usados ilegalmente em pipas, transformam a brincadeira em ameaça real à vida de pedestres, ciclistas, motociclistas e até animais.
As linhas cortantes, proibidas no Estado desde 2008, voltaram a aparecer com força em 2024, e as consequências já se mostram trágicas.
Linha mata criança e fere motociclista
Em Várzea Grande, no bairro Cristo Rei, uma linha de cerol matou Davi Almeida Franco, de apenas 9 anos. O garoto andava de bicicleta quando a linha cortou seu pescoço. Vizinhos tentaram socorrê-lo, mas ele morreu ainda no local.
Dias antes, em Nova Mutum, uma linha chilena feriu um motociclista de 30 anos, que sofreu cortes profundos no pescoço e no braço. O homem sobreviveu, mas ficou com sequelas.
Bombeiros classificam cerol como arma
O soldado Welbson Pereira Gonçalo, que gravou vídeo educativo divulgado nas redes sociais do CBMMT, afirmou com contundência:
“Essas linhas não são brinquedo. São armas. Qualquer descuido pode custar a vida de alguém”.
Ele explicou que o cerol, mistura de cola e vidro moído, e a linha chilena, que contém pó de quartzo e óxido de alumínio, funcionam como lâminas voadoras, cortando com extrema facilidade.
Multa ultrapassa R$ 2 mil
O CBMMT informou que quem utiliza cerol ou linha chilena comete infração passível de punição severa:
- Multa de R$ 2.527,40 e apreensão do material;
- Em caso de reincidência, o valor da multa dobra.
A corporação orienta a população a denunciar imediatamente qualquer uso desses materiais pelo telefone 193 (Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar).
Perguntas frequentes
Linha chilena é uma linha de pipa com pó de quartzo e óxido de alumínio. Ela corta como lâmina e pode matar.
A multa é de R$ 2.527,40. Se houver reincidência, o valor dobra.
Sim. Cerol já causou mortes por corte no pescoço, principalmente em motociclistas e ciclistas.
