A Operação Contenção, que as forças de segurança realizaram nos complexos do Alemão e da Penha, continua a gerar repercussões e críticas. Cerca de 2.500 policiais civis e militares conduziram a ação, que terminou com a morte de 130 pessoas. Segundo a Defensoria Pública, 128 eram civis e quatro eram agentes. O governador Cláudio Castro afirmou que “as verdadeiras vítimas foram os policiais” e prestou solidariedade às famílias dos agentes mortos.
A fala que dividiu opiniões
Na coletiva, o governador Cláudio Castro afirmou que deu amparo às famílias dos policiais mortos e defendeu as forças de segurança, dizendo se solidarizar com “esses guerreiros”. Entidades de direitos humanos e a oposição, no entanto, criticaram sua omissão sobre os civis mortos. O governo justificou a ação para conter o Comando Vermelho, que domina territórios. Já os críticos acusam o governador de adotar um discurso de guerra que desumaniza os moradores.
A cena chocante na Penha
Na manhã desta quarta-feira, uma imagem que correu o mundo mostrou dezenas de corpos cobertos por lonas azuis na Praça da Penha. Moradores relataram que os agentes levaram cerca de 50 corpos da região de mata do Complexo da Penha durante a madrugada. O cenário de horror fez organizações civis cobrarem uma investigação independente sobre as circunstâncias das mortes. Testemunhas afirmam que parte das vítimas não participava de confrontos, enquanto o governo sustenta que todos os mortos integravam a facção.
O que se sabe sobre a Operação Contenção
A operação resultou de mais de um ano de investigações que a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) conduziu. O objetivo era cumprir 100 mandados de prisão e desarticular núcleos do Comando Vermelho. Entre os alvos, 30 criminosos teriam vindo de outros estados, principalmente do Pará, e estariam escondidos nas comunidades. Segundo o balanço da Secretaria de Segurança, as forças prenderam 81 suspeitos e apreenderam 31 fuzis.
Apesar do alto número de detenções e armamentos que confiscaram, o saldo humano da ação colocou o governo estadual sob intensa pressão política e social.
Enquanto Cláudio Castro defende que o Estado “não recuará diante do crime”, especialistas apontam que a operação expõe novamente o dilema entre enfrentamento e proteção de vidas nas comunidades cariocas.
Perguntas e respostas
Foram 130 mortos, sendo 128 civis e quatro policiais.
Ele afirmou que “as verdadeiras vítimas foram os policiais” e prometeu apoio às famílias dos agentes.
Combater a expansão do Comando Vermelho e cumprir mandados de prisão contra integrantes da facção.












