A descoberta de corpos em uma área de mata na Serra da Misericórdia, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, ampliou as tensões após a megaoperação policial desta semana. Moradores relataram ter encontrado os corpos em condições que levantam dúvidas sobre as circunstâncias das mortes. O caso reacendeu o debate sobre a forma de atuação das forças de segurança e a responsabilidade do Estado em operações desse porte.
Moradores contestam versão oficial
Familiares de uma das vítimas afirmaram que o jovem morto não tinha envolvimento com o tráfico e que não possuía antecedentes criminais. A tia do rapaz declarou que ele era trabalhador e que apenas estava na região quando a operação começou. Moradores da Penha contestam a narrativa oficial e pedem investigação independente para esclarecer o que realmente aconteceu na mata. O clima na comunidade é de medo e desconfiança, com relatos de pessoas tentando identificar desaparecidos desde o fim da operação.
Governo mantém posição e defende operação
Durante coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro afirmou que todos os corpos encontrados pertenciam a pessoas envolvidas com o crime. Ele defendeu a atuação das forças de segurança e classificou a operação como necessária para enfraquecer organizações criminosas que controlam parte das comunidades do Alemão e da Penha. Segundo o governo, a ação foi planejada com base em informações de inteligência e contou com o apoio de diversas corporações policiais.
Investigação e repercussão pública
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou que acompanha o caso e vai solicitar perícia detalhada sobre as mortes. Entidades de direitos humanos pediram transparência e respeito ao devido processo legal. O episódio se soma à série de questionamentos sobre o número elevado de vítimas nas últimas operações realizadas no Rio e reforça o apelo por políticas de segurança que priorizem a preservação de vidas e a fiscalização das ações policiais.
Perguntas e respostas
Em uma área de mata na Serra da Misericórdia, no Complexo da Penha.
Que os jovens não tinham envolvimento com o crime.
Cláudio Castro afirmou que todos os mortos eram criminosos e defendeu a operação.












