Agentes da SEMA-MT e da Polícia Militar de Mato Grosso realizaram, nesta semana, uma operação de fiscalização no rio Cuiabá, sob a ponte Sérgio Mota, que resultou na apreensão de sete redes de pesca. O objetivo da ação, segundo os envolvidos, é coibir a pesca ilegal durante o período da Piracema, época em que a pesca se torna crime no estado e os peixes buscam os locais de desova. A SEMA aproveitou o flagrante para lançar um alerta à população local sobre as regras de preservação ambiental.
Por que a piracema exige fiscalização intensa
O período de piracema marca a migração natural dos peixes rio acima para reprodução. Para proteger esse ciclo e garantir a manutenção dos estoques pesqueiros, o estado de Mato Grosso adota um defeso que proíbe a pesca comercial e a esportiva entre 1º de outubro e 31 de janeiro. Durante esse intervalo, apenas a pesca de subsistência, feita de forma artesanal, está permitida, sob regras rígidas de cota, transporte e venda.
A apreensão das redes na ponte Sérgio Mota evidencia que, mesmo com a legislação vigente, há quem insista em pescar de forma irregular. A SEMA e a Polícia reforçam que redes, armadilhas proibidas comprometem toda a reprodução da fauna aquática e colocam em risco o equilíbrio ecológico dos rios.
A operação e o papel das autoridades
No vídeo divulgado pela fiscalização, um agente comenta: “Estamos aqui na Marina Sérgio Mota; hoje a SEMA, junto com a Polícia Militar, realizou um trabalho essencial. A pesca predatória está proibida durante a piracema, e esta ação protege nosso rio Cuiabá.” Essa declaração acompanha as imagens das redes apreendidas, no que as autoridades classificam como uma iniciativa de vigilância ambiental, educação e repressão.
A ação aponta para o uso de tecnologia e monitoramento constante nas margens do rio e em pontos vulneráveis. Quem for flagrado praticando pesca ilegal está sujeito a penalidades previstas na legislação ambiental, que vão desde apreensão de petrechos até multas pesadas e até detenção.
Por que a sociedade deve se envolver
A piracema não protege apenas o ciclo reprodutivo dos peixes, ela mantém a biodiversidade, protege o sustento de comunidades ribeirinhas e assegura que as futuras gerações possam continuar pescando de forma responsável. Respeitar esse período é contribuir com o equilíbrio dos rios e com o patrimônio ambiental do estado.
A divulgação da operação e do alerta reforça a necessidade de conscientização coletiva. Mesmo nas áreas urbanas, rios como o Cuiabá merecem atenção constante. Denúncias podem ajudar a evitar desmatamentos, pesca ilegal ou outras práticas predatórias.
Perguntas frequentes:
Porque os peixes sobem os rios para se reproduzir, e a pesca impediria a reprodução natural.
Apenas se pesca ilegalmente, o pescador está sujeito a multa, apreensão do pescado e dos equipamentos, e até detenção.
A SEMA e a Polícia Militar de Mato Grosso realizam ações de fiscalização e apreensão em rios e margens vulneráveis.












