Um professor de 53 anos sofreu agressões dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal, após pedir que uma aluna parasse de mexer no celular durante a aula. O episódio, gerou forte comoção e reacendeu o debate sobre a violência nas escolas. O pai da estudante invadiu o colégio e desferiu diversos socos contra o educador, interrompendo o clima normal da rotina escolar.
O ataque dentro da coordenação
Logo após a discussão em sala, o homem chegou à escola e entrou diretamente na sala da coordenação, onde atacou o professor sem qualquer diálogo. As câmeras de segurança registraram o momento em que ele se aproxima e inicia uma sequência de golpes, enquanto servidores correm para tentar impedir o ataque. O professor tentou se proteger com os braços, mas ainda assim sofreu escoriações e teve os óculos quebrados. Além disso, o episódio causou pânico entre os alunos e funcionários, que assistiram a tudo sem conseguir intervir imediatamente.
Filha tenta impedir agressão
Enquanto o pai agredia o educador, a própria filha reagiu. Em meio à confusão, ela aplicou um “mata-leão” no agressor, tentando detê-lo. A atitude da estudante chamou atenção nas redes sociais e levantou discussões sobre o impacto emocional que episódios de violência geram nos jovens. Outras três estudantes presenciaram a cena e ficaram abaladas. Logo depois, funcionários da escola acionaram a Polícia Militar e prestaram os primeiros socorros ao professor, que precisou de atendimento médico.
O que motivou a violência
De acordo com relatos, o professor havia pedido que a aluna guardasse o celular e voltasse a copiar o conteúdo da lousa. No entanto, a jovem se irritou com a advertência e enviou uma mensagem ao pai, alegando ter sido tratada com grosseria. Em seguida, o homem foi até o colégio e partiu para a agressão sem escutar nenhuma explicação. Mais tarde, ele afirmou ter agido por impulso, acreditando que o docente havia ofendido sua filha. O professor negou qualquer ofensa e lamentou o descontrole do pai.
Repercussão e medidas de segurança
Após o episódio, a Secretaria de Educação do Distrito Federal confirmou que o caso será investigado pela Corregedoria. Além disso, o órgão anunciou o reforço da segurança nas unidades escolares e a presença constante de policiais na entrada e saída dos turnos. O agressor foi encaminhado à 1ª Delegacia da Asa Sul e vai responder por lesão corporal, injúria e desacato. Já o professor declarou que pretende se afastar das aulas, afirmando não se sentir emocionalmente preparado para retornar.
O caso reacende o debate sobre o respeito aos profissionais da educação. Assim, especialistas destacam que é necessário reforçar o diálogo entre família e escola, promover a cultura de paz e garantir protocolos eficazes de segurança. A violência, segundo eles, deve ser enfrentada com políticas preventivas, capacitação dos servidores e punições exemplares para os agressores.
Perguntas frequentes
Não. Ele sofreu escoriações e teve os óculos quebrados, mas não corre risco de vida.
Não. Ele prestou depoimento na delegacia e responderá em liberdade pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato.
Sim. A Secretaria de Educação informou que reforçará o policiamento e revisará os protocolos de acesso às unidades escolares.












