Um jovem de 21 anos de Rondonópolis tenta recuperar sua vida civil depois de descobrir que um cartório de Primavera do Leste registrou seu óbito por engano. O erro veio à tona quando ele solicitou o seguro-desemprego e o sistema federal bloqueou seu CPF por constar como “falecido”. A partir daí, ele perdeu acesso a serviços básicos e passou a enfrentar obstáculos diários para provar que está vivo.
Sistema trava documentos e transforma rotina em caos
jovem tentou pedir o benefício trabalhista, mas o sistema identificou seu CPF como morto e barrou o processo. Depois disso, ele passou a enfrentar recusas em todos os órgãos públicos. Ele não abre conta bancária, não consegue emprego formal, não atualiza documentos e não usa o SUS. Todos os cadastros tratam sua identidade como pertencente a alguém falecido. O erro se espalhou por várias bases, criou inconsistências e bloqueou qualquer atendimento.
Justiça ordena correção, mas sistemas seguem ignorando
Mesmo após decisões judiciais que exigem a correção do registro de óbito, sistemas como Receita Federal, SUS, CNIS e Caixa mantêm o erro ativo. As informações não sincronizam e continuam apresentando o jovem como morto. A defesa afirma que a falha já ultrapassa o campo administrativo e provoca violação contínua de direitos civis. O jovem vive sem acesso a serviços básicos e sem capacidade de exercer atividades simples do cotidiano.
Cartório é declarado revel e Justiça pede explicações
O cartório responsável ignorou o prazo e não apresentou justificativas. A Justiça decretou a revelia e exigiu documentos que detalham como o falso óbito surgiu. A equipe jurídica analisa quem recebeu o registro, por que o nome do jovem entrou no documento errado e quais falhas permitiram que o erro avançasse. A família relata desgaste emocional e financeiro enquanto tenta reconstruir a identidade legal do rapaz. Para o Estado, ele ainda aparece como alguém inexistente.
Perguntas frequentes:
Sim. Casos semelhantes costumam gerar ações por danos morais e materiais.
Não. A atualização exige sincronização entre Justiça, cartório e sistemas federais.
Não. O sistema recusa o cartão por constar como pertencente a pessoa falecida.












