A Polícia Federal, com apoio do Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (Gefron/MT), executou na quarta-feira (26/11) uma operação incisiva contra crimes ambientais e atividades ilícitas em território indígena. As equipes entraram na Terra Indígena Sararé, próxima aos municípios de Conquista d’Oeste e Pontes e Lacerda, e desmantelaram um esquema de garimpo ilegal, desmatamento, comércio clandestino de ouro, porte ilegal de armas e organização criminosa.
Os agentes destruíram escavadeiras hidráulicas, motores estacionários, geradores de energia e todas as estruturas usadas pelos garimpeiros ilegais. As máquinas operavam em áreas de mata fechada e provocavam danos ambientais severos.
Polícia Federal vai identificar donos dos equipamentos destruídos
A PF já iniciou o rastreamento dos donos dos maquinários destruídos. Os investigadores vão determinar o grau de envolvimento desses proprietários com o garimpo ilegal e os responsabilizar criminal e administrativamente.
Com base em evidências colhidas na operação, a Polícia Federal agora amplia o foco para identificar quem financiou as atividades ilegais. As autoridades pretendem alcançar toda a cadeia logística do crime, incluindo financiadores, operadores e facilitadores da comercialização do ouro ilegal.
Ibama autua envolvidos e aplica sanções administrativas
Após encerrar a fase em campo, os agentes levaram os abordados até o Ibama, que iniciou os procedimentos administrativos e autuações ambientais. As multas podem ultrapassar R$ 10 milhões, dependendo da reincidência e do impacto causado.
A operação segue com força total na esfera criminal. A Polícia Federal deve usar inteligência financeira para rastrear transações bancárias suspeitas, identificar rotas de escoamento do ouro ilegal e desarticular as conexões transnacionais, já que a região faz fronteira com a Bolívia.
Perguntas frequentes
Grupos criminosos, empresários e até políticos locais costumam financiar, direta ou indiretamente, o garimpo ilegal.
A Polícia Federal geralmente destrói os equipamentos no local para impedir que sejam reutilizados.
Não. A extração só é permitida com autorização da União e consulta prévia às comunidades indígenas — o que raramente acontece legalmente.












