A decisão da direção nacional do Partido Liberal (PL) de apoiar Otaviano Pivetta (Republicanos) como candidato ao governo de Mato Grosso em 2026 provocou uma reacomodação imediata no jogo político. A informação, divulgada pela coluna Painel, aponta que o movimento recebeu aval de Valdemar Costa Neto e do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçando o peso da articulação. A escolha deixa em segundo plano o projeto eleitoral do senador Wellington Fagundes (PL), que já havia colocado seu nome como pré-candidato.
Estratégia nacional mira continuidade do atual governo
Segundo avaliação da executiva nacional, o principal fator para apostar em Pivetta é o efeito eleitoral da aprovação do governador Mauro Mendes (União Brasil). Mendes deve renunciar ao cargo em abril de 2026 para concorrer ao Senado, abrindo espaço para Pivetta assumir o comando do Executivo. O cálculo político é que essa transição, somada aos índices de popularidade do governo, fortalece o vice-governador como nome competitivo na sucessão estadual.

A decisão também demonstra a intenção do PL de se alinhar a um projeto considerado viável e com potencial de agregar aliados em diferentes regiões de Mato Grosso.
Wellington Fagundes mantém pré-candidatura e cita desempenho em pesquisas
Apesar da sinalização nacional, Wellington Fagundes afirmou que continua firme em sua pré-candidatura. O senador destacou que aparece em posições favoráveis em pesquisas divulgadas recentemente e que seu nome permanece bem avaliado por diferentes segmentos do estado. Fagundes também reforçou que trabalha com planejamento político de longo prazo e que sua decisão não depende exclusivamente do movimento do diretório nacional.
A manutenção de sua pré-candidatura indica que o processo interno do PL em Mato Grosso ainda está aberto e pode gerar novas negociações até a fase das convenções.
Cenário eleitoral ganha complexidade e disputa promete abrir novas alianças
Com dois nomes competitivos disputando espaço no mesmo campo político, a eleição de 2026 em Mato Grosso passa a ter novos contornos. Pivetta, agora respaldado pela cúpula nacional, deve intensificar articulações regionais. Já Fagundes, com presença consolidada no estado, tende a fortalecer bases municipais e ampliar conversas com partidos que buscam alternativa ao alinhamento majoritário.
Analistas avaliam que a sucessão estadual ainda tem espaço para mudanças e ajustes, e que a definição final dependerá do comportamento das lideranças locais nos próximos meses.
Perguntas e respostas
Não. A pré-candidatura de Wellington Fagundes permanece ativa.
Por avaliar que a alta aprovação do governo Mauro Mendes pode impulsionar sua candidatura.
Ainda não. As articulações continuam e podem mudar até as convenções partidárias.












