Violência doméstica expõe falhas estruturais e reacende debate sobre impunidade em MT; veja vídeo

Nesta quinta-feira (27), durante a apresentação do balanço de um ano do programa Tolerância Zero no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), afirmou que a violência doméstica continua entre os maiores desafios enfrentados por Mato Grosso e pelo país. Ele destacou que o problema se mantém como reflexo de questões estruturais, culturais e de uma sensação persistente de impunidade.

Contexto que reacende a discussão sobre segurança e proteção

O programa Tolerância Zero, criado para ampliar ações de combate ao crime, trouxe números que reforçam a necessidade de aprofundar o enfrentamento à violência doméstica. Durante o evento, o governo apresentou indicadores relacionados à redução de crimes em áreas urbanas e rurais, mas a violência contra mulheres se manteve como um ponto crítico. A declaração de Fábio Garcia reforça que o enfrentamento não depende apenas de policiamento, mas também de políticas públicas que transformem comportamentos sociais e reduzam desigualdades.

O secretário afirmou que “a violência doméstica é um problema estrutural da nossa sociedade e do nosso país. É um problema cultural e um problema de impunidade, de legislação frouxa, de legislação que não funciona e que deixa um sentimento de impunidade que, ao final, incentiva o crime.” A fala coloca em evidência a percepção governamental sobre os entraves legislativos e institucionais.

Cultura e impunidade: os desafios que sustentam o ciclo de violência

A violência doméstica permanece entre os crimes mais subnotificados no Brasil, segundo dados nacionais. Em muitos casos, as vítimas não denunciam por medo, dependência financeira ou falta de apoio institucional adequado. Além disso, especialistas apontam que a sensação de impunidade mencionada por Garcia se conecta a processos lentos, medidas protetivas que falham e à dificuldade de acesso das mulheres aos serviços de segurança.

Esse cenário se reflete em Mato Grosso, que nos últimos anos viu avanços na criação de delegacias especializadas e no fortalecimento de equipes da Patrulha Maria da Penha, mas ainda enfrenta números preocupantes. O governo afirma que pretende intensificar ações integradas entre forças policiais, Justiça e rede de apoio social para tentar reduzir os índices.

Perspectivas e caminhos possíveis para reduzir o problema

A fala de Fábio Garcia desperta novas discussões sobre o papel do Estado e da sociedade no enfrentamento da violência doméstica. Especialistas defendem maior investimento em educação, campanhas permanentes, fortalecimento da rede de proteção e reformas legislativas que tornem mais rígidas as punições.

Enquanto isso, organizações sociais alertam que o enfrentamento exige continuidade, não apenas anúncios pontuais. O desafio permanece grande, e o debate reacende a urgência de respostas mais eficientes.

Perguntas frequentes:

O que o governo destacou como maior desafio atual?
A violência doméstica, considerada um problema estrutural e cultural.

Por que a violência doméstica permanece em alta?
Por causa da sensação de impunidade, barreiras culturais e falhas legislativas.

Quais ações podem ajudar a reduzir esses casos?
Investimentos em prevenção, fortalecimento das redes de proteção e mudanças na legislação.