Rafael Anjos Martins, de 28 anos, completou nesta segunda-feira (20) impressionantes 50 dias em coma após ingerir gin adulterado com metanol. O caso ocorreu na Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo, e tem despertado preocupação sobre a venda de bebidas ilícitas e a falta de controle em estabelecimentos. Desde o início de setembro, Rafael está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Osasco, em estado grave, sem fluxo sanguíneo cerebral e dependente de ventilação mecânica.
Gin adulterado: uma prática perigosa e crescente
O que deveria ser uma simples escolha de bebida se transformou em um pesadelo. Rafael consumiu gin adquirido em uma adega local, sem saber que a garrafa estava adulterada com metanol, uma substância extremamente tóxica. O metanol, utilizado ilegalmente para adulterar bebidas, representa um risco significativo à saúde humana, podendo provocar danos irreversíveis à visão, ao sistema nervoso e aos órgãos vitais. Rafael ingeriu uma dose fatal de metanol, com uma concentração de 155 mg/l no sangue, muito acima do limite considerado crítico de 100 mg/l.
O impacto do metanol no corpo humano
A intoxicação por metanol pode levar rapidamente à perda de consciência e, em casos graves, a coma ou até a morte. Médicos explicam que, após o diagnóstico de intoxicação, o tratamento imediato é crucial para evitar danos cerebrais severos ou falência de órgãos. Infelizmente, no caso de Rafael, a intoxicação foi tão grave que ele permanece em coma até hoje, com poucas perspectivas de recuperação. A falta de fluxo sanguíneo cerebral aumenta a preocupação sobre os danos permanentes que ele pode sofrer.
A investigação: quem é responsável pela venda de bebidas adulteradas?
Com o inquérito policial aberto, as autoridades investigam como o gin adulterado chegou até a adega e quem está por trás da distribuição do produto. O caso levanta um alerta para o mercado ilegal de bebidas e os riscos que os consumidores correm ao adquirir produtos sem a devida fiscalização.
Perguntas frequentes
O metanol é uma substância tóxica que pode causar danos irreversíveis à saúde, como falência de órgãos e cegueira.
As chances são pequenas, dado o grave quadro de intoxicação e a falta de fluxo sanguíneo cerebral.
É essencial comprar produtos em estabelecimentos regulamentados e verificar se há sinais de falsificação na embalagem.












