Trio planejou emboscada contra outros dois motoristas de app

Plano de Jovens para Matar um Motorista por Dia Choca Várzea Grande
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A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá recebeu denúncias de pelo menos dois motoristas de aplicativo que quase caíram em emboscadas semelhantes às executadas por três jovens acusados de homicídio. Após a prisão deste trio em Várzea Grande, novas vítimas se apresentaram, tendo reconhecido o modus operandi dos criminosos através de reportagens.

Modus Operandi dos Criminosos

Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e dois menores, de 17 e 15 anos, admitiram ter matado e roubado três motoristas de aplicativos na região da Baixada Cuiabana. A polícia prendeu o trio acusado de realizar esses crimes, que também tentou realizar ataques similares a outros motoristas.

Durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (19), os delegados Olímpio Fernandes e Maurício Maciel Pereira Júnior revelaram que esses ataques se destinavam a lucrar com a venda dos carros roubados, além de evidenciar uma inclinação preocupante dos jovens pelo homicídio.

Resposta das Autoridades

“Apareceram mais algumas vítimas relatando que essas mesmas pessoas tentaram e não conseguiram sucesso contra elas”, disse Olímpio. Maurício complementou: “Esse grupo estava associado para tentar auferir lucro com a venda dos carros, mas também havia essa questão dos homicídios, isso é nítido”.

Os delegados esclareceram que, embora os criminosos pudessem ser considerados especializados em roubo de veículos, as investigações atuais não apontam para essa especialização. “O crime de latrocínio aborda dois bens juridicamente protegidos: o patrimônio e a vida. É muito comum que haja confusão, mas o objetivo deles era obter lucro desses crimes, e parece que tomaram gosto de homicídio”, explicou Olímpio.

Mais Prisões e Continuação das Investigações

Além dos três jovens, a polícia prendeu Keise Melissa Rodrigues Matos, de 25 anos. Acusada de organizar as corridas que levavam os motoristas para a emboscada, Keise se entregou após sentir a pressão da polícia. Ela também é suspeita de facilitar a venda dos veículos das vítimas. A polícia continua à procura de um quinto envolvido nos crimes, demonstrando o compromisso contínuo em desmantelar completamente esse grupo criminoso.