Um vídeo que circula amplamente nas redes sociais mostra o prefeito de Mirassol D’Oeste (MT), Hector Alvares (União Brasil), empinando uma motocicleta na garupa de outro condutor durante o 3º Encontro de Som Automotivo e Moto de Grau, realizado no último domingo (4). A cena foi registrada dentro do Parque de Exposição Paulo Mendonça, espaço tradicional da cidade e palco do evento patrocinado pela própria prefeitura.
Vídeo viral mostra prefeito de Mirassol D’Oeste na garupa de moto empinada; veja vídeo pic.twitter.com/fFzcDhbZds
— O Matogrossense (@o_matogrossense) May 5, 2025
“Foi top, foi top, deu pra dar uns grau nervoso”, comentou o prefeito, logo após a manobra. Alguém registrou o momento em vídeo, que viralizou nas redes sociais. Parte do público apoiou a atitude; outra criticou o comportamento do gestor. O episódio reacendeu o debate sobre o papel simbólico e prático de um prefeito diante das leis e da ética administrativa.
PM registra série de infrações no mesmo evento
Enquanto o prefeito empinava moto, a Polícia Militar registrava oito ocorrências graves entre 14h e 23h. As infrações incluíram:
- Condução sob efeito de álcool
- Direção perigosa
- Entrega de veículo a não habilitado
- Embriaguez ao volante
- Perturbação do sossego
A PM relatou os casos como parte de um boletim padrão, mas destacou o aumento de risco durante eventos desse tipo. A combinação entre patrocínio público e descontrole organizacional preocupa autoridades e parte da população.
Liderança pública exige responsabilidade, não apenas carisma
Ao repetir uma manobra de alto risco em um evento da prefeitura, Hector Alvares cruzou a linha entre a popularidade e a imprudência. A liderança pública exige mais do que carisma; exige conduta exemplar. Quando o gestor estimula, mesmo de forma simbólica, atos que desrespeitam normas de trânsito, ele fragiliza o pacto institucional com a sociedade.
Enquanto o vídeo segue ganhando repercussão, o caso se torna um termômetro da tolerância pública com comportamentos controversos de autoridades eleitas.
Perguntas frequentes
Não. A manobra fere o Código de Trânsito e compromete a postura institucional do cargo.
Sim. A legislação pune quem realiza manobras perigosas, mesmo em áreas fechadas.
As autoridades investigam, aplicam penalidades e podem acionar o Ministério Público.