Agentes da Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) do Rio de Janeiro resgataram um tucano mantido ilegalmente em cativeiro no bairro Nova Belém, em Japeri, na Baixada Fluminense. A ave apresentava sinais visíveis de mutilação nas asas, o que a impedia de voar. O flagrante ocorreu na quarta-feira (7/5), logo após uma denúncia feita por moradores da região. O caso gerou indignação nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a crueldade contra animais silvestres.
Tucano é resgatado de cativeiro com asas mutiladas e caso gera revolta; veja vídeo pic.twitter.com/ZyzIQ6RVM6
— O Matogrossense (@o_matogrossense) May 10, 2025
Tucano-toco: símbolo da fauna brasileira e alvo do tráfico
A ave resgatada pertence à espécie tucano-toco (Ramphastos toco), reconhecida como o maior e um dos mais icônicos representantes da fauna brasileira. Com seu bico longo e colorido, o tucano chama atenção, mas também atrai criminosos que atuam no tráfico de animais silvestres. Segundo especialistas, é comum que traficantes mutilem as asas dos pássaros para impedir o voo e facilitar o controle dentro do cativeiro, prática considerada cruel e ilegal.
Equipe ambiental age após denúncia e encaminha ave ao Cetas
Enquanto realizavam patrulhamento de rotina, os agentes da UPAm receberam um chamado de moradores denunciando o cativeiro. No local, encontraram o tucano debilitado e sem condições de voo. Uma mulher afirmou que o animal pertencia à sua mãe, que, por telefone, admitiu não possuir licença para mantê-lo. A equipe então conduziu o tucano ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica, onde ele receberá cuidados veterinários e avaliação sobre a possibilidade de reabilitação.
Responsável responderá por crime ambiental
Sobretudo a Polícia Civil, por meio da 63ª Delegacia de Polícia (Japeri), instaurou inquérito e vai enquadrar a tutora da ave no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que proíbe a criação de animais silvestres sem autorização. A pena pode variar de seis meses a um ano de detenção, além de multa. As investigações continuam, com o objetivo de identificar possíveis redes de tráfico.
Perguntas frequentes:
A pessoa pode ser detida por até um ano e pagar multa.
Pelo Linha Verde do Disque Denúncia: 0300-253-1177.