Uma sexta-feira turbulenta marcou o ambiente do Corinthians. Cerca de 50 torcedores da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, protestaram no CT Joaquim Grava exigindo respostas sobre recentes denúncias envolvendo a base do time. A insatisfação aumentou após a demissão do diretor Claudinei Alves, responsável pelo setor, e a ausência de posicionamento oficial da diretoria.
Afastamento sob pressão
Claudinei Alves, que comandava as categorias de base desde o início da atual gestão, foi desligado após a revelação de que, sob seu comando, o número de registros de atletas aumentou consideravelmente. Embora o clube não tenha esclarecido os critérios usados nas contratações, a movimentação gerou desconfiança entre os torcedores, principalmente diante da falta de transparência na divulgação dos nomes e contratos.
Expulsão do MCFFB e acusação do rival Palmeiras
Em janeiro, o Corinthians foi expulso do Movimento de Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB), uma decisão que abalou a reputação do clube no desenvolvimento de atletas. A saída ocorreu após denúncia feita pelo Palmeiras, que acusou o rival de aliciar o jovem atacante Pedro Morelli. O caso permanece sob investigação, mas gerou repercussão nos bastidores do futebol nacional.
Pressão da torcida por respostas
Durante o protesto no CT, a Gaviões da Fiel levou faixas e cobrou mais transparência da diretoria. Os torcedores pediram uma apuração rigorosa e exigiram que os responsáveis sejam punidos. Até o momento, o Corinthians não emitiu nota oficial detalhando as investigações ou os próximos passos do clube.
O episódio levanta dúvidas sobre a estrutura e os processos internos nas divisões de base, setor crucial para o futuro esportivo e financeiro de qualquer clube.