A Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) divulgou recentemente os resultados de sua análise anual de creatina, revelando preocupações significativas sobre a conformidade de diversos produtos no mercado. Das marcas analisadas, 25 foram reprovadas por não atenderem aos padrões mínimos de pureza estabelecidos.
Segundo as diretrizes da Abenutri, a creatina comercializada deve ter uma variação máxima de 20% em relação à quantidade declarada no rótulo. Isso significa que o produto precisa conter pelo menos 80% de creatina pura. No entanto, a análise identificou que várias marcas falharam em atender a este requisito.
Entre as marcas reprovadas, 10 apresentaram 100% de variação, ou seja, praticamente não continham creatina em sua composição, sendo substituída por outros tipos de farinha. Isso levanta sérias questões sobre a veracidade das informações fornecidas ao consumidor e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.
Por outro lado, algumas marcas conseguiram se manter dentro dos padrões estabelecidos, apresentando menos de 20% de variação na quantidade de creatina. Estas marcas são consideradas confiáveis pela Abenutri e garantem a entrega do produto conforme anunciado.
Um aspecto controverso do relatório da Abenutri é a menção de que algumas empresas, como SUPLEY (fabricante das marcas Probiotica e Max Titanium), INTLAB (das marcas AGE, MonsterFeed, Intlab e Cellucor) e BRG (Integralmédica e Darkness), tomaram medidas legais para impedir a divulgação dos resultados específicos de seus produtos. Isso sugere uma preocupação dessas empresas com os possíveis impactos negativos na reputação de suas marcas.
Os resultados desta análise são alarmantes e destacam a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa e fiscalização constante no mercado de suplementos nutricionais. Consumidores devem ficar atentos às marcas aprovadas e exigir transparência sobre os produtos que estão adquirindo. A Abenutri desempenha um papel crucial nesse processo, promovendo a segurança e a confiança no setor.
