O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, faleceu aos 63 anos após a queda de um helicóptero no domingo, 19 de maio de 2024. O Ministério das Relações Exteriores confirmou a morte nesta segunda-feira (20). O helicóptero que transportava Raisi e outras autoridades caiu na região montanhosa entre as aldeias de Pir Davood e Uzi, na província de Azerbaijão Oriental, a cerca de 600 km a noroeste de Teerã. As más condições climáticas causaram o acidente.
Além de Raisi, o acidente vitimou o chanceler iraniano Hossein Amirabdollahian. A bordo, também estavam Malek Rahmati, governador da província de Azerbaijão Oriental, e Hojjatoleslam Al Hashem, líder religioso. A imprensa oficial iraniana informou inicialmente que não havia sinais de sobreviventes.
Raisi, um político ultraconservador, ganhou as eleições presidenciais em 2021, com mandato até 2025. Ele se posicionava como protegido e possível sucessor do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã. Com sua morte, uma intensa disputa pelo cargo se desenha. A Constituição iraniana prevê que o primeiro vice-presidente assuma temporariamente e convoque novas eleições em até 50 dias.
As equipes de resgate levaram cerca de 12 horas para encontrar os corpos e os destroços do helicóptero, enfrentando acesso difícil e condições climáticas adversas. O Crescente Vermelho Iraniano e drones turcos equipados com sensores de calor ajudaram na operação.
Raisi ocupou cargos importantes no sistema judicial iraniano, incluindo Procurador-Geral e chefe da Autoridade Judicial. Conhecido por sua postura rígida e conservadora, Raisi se envolveu em controvérsias devido à participação em execuções de presos políticos na década de 1980.
A morte de Raisi gera incertezas na política iraniana, levantando questões sobre o futuro do país, especialmente nas relações com o Ocidente e nas políticas internas rigorosas que ele implementou durante seu mandato.
Via – g1
