A disputa política em Cuiabá atinge um novo patamar, com o prefeito Emanuel Pinheiro, do MDB, entrando com uma ação de danos morais contra o governador Mauro Mendes Ferreira, do União. O cerne dessa tensão política surgiu após declarações inflamadas do governador, que levaram Pinheiro a exigir uma compensação de R$ 40 mil.
Inesperadamente, o desentendimento começou quando Pinheiro proclamou um estado de calamidade na saúde e iniciou uma investigação sobre o aumento da mortalidade no Hospital São Benedito, sob intervenção estadual. Em resposta, em uma coletiva de imprensa datada de 8 de fevereiro, Mendes lançou uma série de acusações contra o prefeito, rotulando-o de “fanfarrão” e “mentiroso”, e vinculando sua administração a múltiplos escândalos de corrupção.
Além disso, Mendes expressou seu descontentamento com os decretos emitidos pela prefeitura, argumentando que um facilitaria o desvio de fundos públicos e o outro seria uma estratégia para desviar a atenção dos problemas de corrupção de sua administração. Ele apontou a prefeitura de Cuiabá como um exemplo negativo no Brasil, destacando as numerosas operações e investigações de corrupção que enfrentou.
Por outro lado, a defesa de Pinheiro repudia as declarações, alegando que Mendes foi além do debate político aceitável, atingindo o âmbito pessoal e difamatório. Eles defendem que o ataque ao prefeito, mesmo sendo uma figura pública, é injustificável e desrespeita os princípios do estado democrático de direito.
