A Polícia Federal executou, nesta quinta-feira (30), as Operações Kuri II e Aurum Sordidos em diversas cidades do Mato Grosso e do Pará. Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão para desarticular uma rede de garimpo ilegal nos rios São Benedito e Teles Pires, na região norte do estado.
As operações ampliaram os resultados da primeira fase da Operação Kuri, realizada em abril, quando os policiais destruíram 17 balsas e apreenderam 2 mil litros de combustível. Na ocasião, a Polícia Federal causou um prejuízo estimado em R$ 15 milhões aos operadores ilegais da mineração clandestina.
Agentes atingem estrutura financeira do garimpo
A investigação identificou uma cadeia criminosa bem articulada. Financiadores, operadores e comerciantes de ouro mantinham a exploração ilegal nos leitos dos rios, sem qualquer tipo de controle ambiental. As operações desta quinta-feira visaram diretamente os responsáveis pelo financiamento e comercialização do ouro extraído de forma ilícita.
A Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens dos investigados, medida que a Polícia Federal já começou a executar. O objetivo é impedir a recomposição financeira da atividade ilegal e enfraquecer economicamente os envolvidos.
Mandados se espalham por Mato Grosso e Pará
Os policiais cumpriram ordens judiciais nas cidades de Alta Floresta (MT), Itaituba (PA), Matupá (MT), Novo Progresso (PA), Peixoto de Azevedo (MT), Sinop (MT) e Tangará da Serra (MT). As buscas ocorreram simultaneamente, com apoio logístico e inteligência de campo, para garantir a surpresa e a efetividade da ação.
As operações evidenciaram os impactos diretos da mineração ilegal sobre as Terras Indígenas Kayabi e Munduruku. Os investigadores constataram que as atividades destruíram áreas de mata ciliar, poluíram rios e colocaram comunidades originárias em situação de risco sanitário e alimentar.
Perguntas frequentes
A PF identificou uma rede criminosa com financiadores, operadores e comerciantes de ouro atuando nos rios Teles Pires e São Benedito.
As ações destruíram balsas e apreenderam insumos, gerando um prejuízo estimado em R$ 15 milhões.
As atividades clandestinas atingiram diretamente as Terras Indígenas Kayabi e Munduruku.










