Palmeiras se isola e não assina manifesto por mudanças na CBF: estratégia ou aliança?

Palmeiras se isola e não assina manifesto por mudanças na CBF: estratégia ou aliança?
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras, sob comando de Leila Pereira, foi um dos poucos clubes das Séries A e B que não assinou o manifesto coletivo apresentado por 32 clubes brasileiros com propostas de reforma na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O documento, divulgado por LFU e Libra, defendia mudanças significativas como Fair Play financeiro, profissionalização da arbitragem e criação de uma liga unificada.

Apoio estratégico a Samir Xaud explica recuo?

O Verdão justificou sua ausência no manifesto com o argumento de que o momento exige cautela, e não pressão. O clube paulista é um dos dez apoiadores formais de Samir Xaud, candidato da Federação Roraimense, que deve assumir a presidência da CBF por aclamação. Essa postura sinaliza um possível alinhamento estratégico com a nova gestão, que ainda nem assumiu. Segundo a direção palmeirense, o foco agora seria “garantir estabilidade” à nova administração.

Descompasso com os outros grandes clubes

Enquanto a maioria dos clubes tenta pressionar por maior representatividade nas decisões da CBF — principalmente com o rebaixamento do peso dos votos das federações — o Palmeiras parece nadar contra a corrente. A decisão isolada gerou críticas nos bastidores, especialmente porque o clube vinha se mostrando ativo em outras frentes, como a punição a casos de racismo no futebol.

Manifesto quer mudar estrutura da CBF

As propostas do manifesto coletivo incluem revisão do processo eleitoral da CBF, reconhecimento das propriedades comerciais dos clubes, e mais protagonismo para a Comissão Nacional de Clubes. Atualmente, o sistema eleitoral da entidade dá peso 3 aos votos das federações, enquanto os clubes da Série A têm peso 2, e da Série B, apenas 1.

Perguntas e respostas:

O Palmeiras se beneficiará com a vitória de Samir Xaud?

É possível. Apoiar o vencedor costuma render influência nos bastidores.

A ausência no manifesto é sinal de desinteresse ou cálculo político?

A decisão parece estratégica, mas pode custar capital político com os demais clubes.

O novo presidente da CBF atenderá às demandas dos clubes?

Isso ainda é incerto. A estrutura da CBF resiste a mudanças profundas.