Em discurso nesta segunda-feira (13), em Roma, Lula defendeu o fortalecimento do multilateralismo e criticou a inércia internacional diante da crise em Gaza e da desigualdade alimentar que afeta milhões.
Fome e guerra como sinais do colapso internacional
Em uma fala contundente, Lula destacou que o agravamento da fome em pleno século XXI é uma consequência direta da quebra das regras que sustentavam a diplomacia internacional. “Da tragédia em Gaza à paralisia da Organização Mundial do Comércio, a fome se tornou sintoma do abandono das instituições multilaterais”, afirmou. Ele também elogiou o trabalho das agências com sede em Roma — FAO, Programa Mundial de Alimentos e FIDA —, apontando que o mundo estaria em situação ainda mais crítica sem a atuação delas.
Iniciativa brasileira reúne 200 membros
Proposta pelo Brasil no G20 de 2024, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já reúne 200 membros, entre países, organizações e instituições financeiras. Lula defendeu que a iniciativa vá além da diplomacia e coloque os mais pobres no centro das decisões. “Não há transformação possível sem recursos”, afirmou.
Apoio à Palestina e foco em mulheres e crianças
Em um gesto simbólico, Lula anunciou que o Brasil apoiará financeiramente programas de assistência às mulheres e crianças palestinas, diretamente afetadas pelos bombardeios e bloqueios na Faixa de Gaza. Segundo ele, esse apoio será feito por meio de mecanismos multilaterais e reforça o compromisso do país com os direitos humanos. O presidente também reiterou que segurança alimentar deve ser parte essencial do debate climático, que será aprofundado na COP30, em Belém.
Perguntas e Respostas
O presidente cobrou mais ação internacional no combate à fome e criticou o colapso das instituições multilaterais.
O Brasil foi o idealizador da iniciativa, que agora reúne 200 membros globais em busca de soluções concretas para a miséria.
Lula prometeu apoio a programas voltados para mulheres e crianças palestinas afetadas pela guerra na Faixa de Gaza.
