Vaga no Supremo reacende debate sobre critérios de escolha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (13), após compromissos oficiais em Roma, que ainda não escolheu quem será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).A aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, abrirá a vaga. O repórter perguntou a Lula sobre o perfil ideal do próximo indicado, e ele respondeu diretamente: ‘Quero uma pessoa gabaritada. Não quero um amigo. Quero alguém que tenha como função específica cumprir a Constituição Federal.”
Discurso indica tom técnico em meio à pressão política
A fala do presidente marca um posicionamento que tenta afastar especulações de que ele escolheria alguém por afinidade pessoal ou política. O tema é sensível, principalmente diante do histórico de indicações polêmicas ao STF em governos anteriores. Lula sinalizou que a prioridade será a capacidade técnica, a reputação jurídica e o compromisso com o texto constitucional. A declaração reforça a expectativa de uma escolha mais técnica, em um momento em que decisões do Supremo têm grande impacto sobre o cenário político nacional.
STF em transição: aposentadoria de Barroso altera composição
Luís Roberto Barroso deixará o Supremo antes do limite etário de 75 anos, abrindo espaço para a quarta indicação de Lula nesta terceira gestão. A renovação no STF ocorre em um contexto de forte judicialização da política e de protagonismo crescente da Corte. A escolha do próximo ministro pode redefinir os rumos de julgamentos importantes nos próximos anos. O nome do futuro indicado ainda é mantido sob sigilo, mas bastidores de Brasília já especulam possíveis juristas, desembargadores e até ministros de tribunais superiores como candidatos.
Perguntas frequentes
O ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria.
Não. O presidente afirmou que ainda não definiu o nome.
Uma pessoa gabaritada, comprometida com a Constituição, e não um amigo pessoal.
