Uma grande operação policial no Rio de Janeiro matou ao menos 20 pessoas, incluindo dois agentes públicos. A ação, que visava o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, mobiliou milhares de policiais e virou uma guerra urbana. O governador Cláudio Castro cobrou o governo federal de Lula por falta de apoio.
A força-tarefa que entrou em campo
Cerca de 2,5 mil agentes das polícias civil e militar realizaram a ação com blindados, helicópteros e drones nas comunidades mais densamente ocupadas. Segundo relato oficial, confrontos em vários pontos e traficantes montaram barricadas. A operação prendeu mais de 80 pessoas e apreendeu dezenas de fuzis. A tensão espalhou-se pelas comunidades, fechando escolas e postos de saúde, enquanto moradores denunciaram medo e deslocamento forçado temporário.
O recado de Cláudio Castro e a cobrança ao governo federal
Castro utilizou a coletiva para destacar que não se trata apenas de uma ação local, mas de uma ofensiva contra o tráfico com ramificações interestaduais. Ele afirmou que esperava mais “coordenamento nacional” para evitar que operações como essa se tornem comuns e que o Rio siga arando sozinho em confrontos com facções. A fala sinaliza uma tensão aberta com o Palácio do Planalto, que até o momento não teve papel explícito divulgado na articulação da operação. Para muitos especialistas, a cobrança reforça a ideia de que segurança pública segue sendo um campo de disputa entre instâncias de governo.
O que muda para as comunidades e o futuro da segurança no RJ
Para os moradores das regiões envolvidas, o impacto imediato é claro: vidas perdidas, ambiente de insegurança e resposta tardia dos serviços públicos. No médio e longo prazo, a operação coloca em questão a efetividade das estratégias adotadas há anos no estado, que misturam ocupações, reações e raramente investimentos estruturais.
Perguntas e respostas
Pelo menos 20 mortos, entre eles dois agentes públicos.
Cerca de 2,5 mil policiais civis e militares.
Falta de articulação nacional mais efetiva para enfrentar facções e apoio mais direto à ação estadual.











