O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, publicou nas redes sociais um desabafo que ganhou grande repercussão nacional. Em tom firme, ele afirmou que “o Brasil está nas mãos de facções que crescem sem medo e sem consequências” e cobrou endurecimento das leis penais. A mensagem, que mistura crítica e alerta, reflete a insatisfação crescente da população com a escalada da violência e o sentimento de insegurança no país.
Facções cada vez mais poderosas
Na publicação, Mendes destacou o avanço das facções criminosas, que hoje dominam territórios, controlam rotas de tráfico e impõem regras em comunidades inteiras. Para ele, o poder desses grupos chegou a um ponto crítico, colocando em xeque a autoridade do Estado. “As leis são frágeis, a impunidade domina e a população vive refém da violência”, escreveu.
A fala ecoa a preocupação com a capacidade de reação das instituições diante do crime organizado, que se mostra cada vez mais estruturado, com atuação nacional e conexões internacionais.
O ataque ao “prende e solta”
O governador criticou o “ciclo de impunidade” no sistema de Justiça, o popular “prende e solta”. Ele citou o feminicídio como exemplo de falha nas leis brasileiras, afirmando que as leis soltam criminosos perigosos em poucos dias e destroem famílias inteiras. A expressão usada pelo governador reflete a indignação de grande parte dos brasileiros que veem no sistema penal um dos principais gargalos do combate à violência. O discurso dele se alinha a um movimento crescente por penas mais rígidas e pelo fim de benefícios concedidos a criminosos reincidentes.
O apelo por mudanças urgentes
Encerrando sua publicação, Mauro Mendes fez um apelo direto: “Precisamos endurecer urgentemente nossas leis, proteger quem é de bem e enfrentar o crime com seriedade. O Brasil não pode mais aceitar ser comandado pelo medo”. A frase resume o tom de insatisfação do governador com o cenário atual da segurança pública.
Especialistas, porém, apontam que endurecer leis é apenas parte da solução. O combate às facções exige integração entre governos, investimento em inteligência policial e políticas sociais que reduzam o recrutamento de jovens pelo crime. O desafio é equilibrar repressão e prevenção sem comprometer direitos fundamentais.
Perguntas e respostas
Porque defende que o poder e a violência desses grupos equivalem ao de organizações terroristas.
É o ciclo em que criminosos são presos e rapidamente liberados, muitas vezes por falhas legais.
Parcialmente. É necessário também investir em inteligência, prevenção e controle do sistema prisional.












