Durante viagem oficial à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “assalto” a fraude bilionária que envolveu descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O escândalo, revelado recentemente, apontou que entidades utilizaram mecanismos ilegais para descontar valores diretamente dos benefícios dos aposentados, afetando milhares de pessoas em todo o país.
Lula chama fraude em aposentadorias de “assalto” e afirma "foram no bolso do povo"; veja vídeo pic.twitter.com/H6uabc5QQx
— O Matogrossense (@o_matogrossense) May 10, 2025
Presidente afirma que governo fará apuração rigorosa
Na entrevista concedida à imprensa na madrugada deste sábado (10), Lula afirmou que o governo federal vai investigar o caso com profundidade. Ele destacou que o crime não atingiu diretamente os cofres públicos, mas sim o bolso de cidadãos vulneráveis. Além disso o presidente reforçou que o Estado tem o dever de proteger aposentados e pensionistas de fraudes como essa e se comprometeu a punir todos os envolvidos.
“O dinheiro não saiu do INSS, saiu do bolso do povo. Isso é um crime direto contra o aposentado. Foi um roubo descarado”, declarou Lula, com tom de indignação.
Lula responsabiliza gestão Bolsonaro pela origem da quadrilha
Além de criticar duramente as entidades envolvidas, Lula responsabilizou a gestão anterior pelo surgimento do esquema. De acordo com o presidente, a quadrilha começou a operar em 2019. Sem citar nomes diretamente, Lula insinuou que os principais cargos da Previdência e da Casa Civil à época podem ter facilitado ou ignorado os sinais do esquema fraudulento.
“Vocês sabem quem governava o Brasil em 2019, quem era o ministro da Previdência e quem comandava a Casa Civil. Essa estrutura começou lá”, afirmou.
Descontos ilegais levantam debate sobre proteção dos beneficiários
Em suma o caso reacendeu a discussão sobre a vulnerabilidade de aposentados frente a entidades conveniadas que conseguem aplicar descontos diretamente na folha de pagamento. A Controladoria-Geral da União e o Ministério da Previdência já iniciaram auditorias para rastrear os responsáveis. Por fim as vítimas do esquema aguardam providências para reaver os valores indevidamente descontados.
Perguntas frequentes:
Aposentados e pensionistas que tiveram descontos ilegais nos benefícios.
Segundo Lula, o grupo começou a operar durante o governo de Jair Bolsonaro, em 2019.
Ainda não há definição, mas investigações buscam responsabilizar os autores e recuperar os valores.