Em visita oficial a Moscou no dia 9 de maio de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou as tarifas impostas pelos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. Ao lado do presidente russo Vladimir Putin, Lula afirmou que essas medidas violam os princípios do comércio livre e prejudicam o equilíbrio do sistema internacional.
A declaração ocorreu durante as comemorações do 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, evento que reuniu também líderes de países como China, Irã e Arábia Saudita.
Presidente brasileiro defende multilateralismo
Lula afirmou que o Brasil rejeita decisões unilaterais que impactam negativamente parceiros comerciais e defendeu o multilateralismo como base das relações internacionais. Ele destacou que as tarifas impostas por Trump afetaram diretamente a economia brasileira e comprometeram o diálogo entre nações soberanas.
Durante a reunião com Putin, Lula disse que o Brasil poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar soluções. Caso contrário, o país considera aplicar medidas recíprocas contra os Estados Unidos.
Brasil e Rússia ampliam cooperação estratégica
No mesmo encontro, os dois presidentes reforçaram o interesse mútuo em estreitar a parceria bilateral. Lula mencionou projetos conjuntos nas áreas de ciência, cultura, defesa, comércio e tecnologia. Um dos destaques da agenda foi a intenção brasileira de cooperar com a Rússia no desenvolvimento de pequenas usinas nucleares.
Apesar do déficit na balança comercial com os russos, o governo brasileiro acredita no crescimento do fluxo de investimentos e exportações, especialmente nos setores energético e tecnológico.
BRICS ganha força com novos integrantes
Além das questões bilaterais, Lula celebrou o fortalecimento do grupo BRICS, que passou a incluir nações como Etiópia, Egito, Indonésia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Irã. Ele classificou o bloco como um instrumento chave para promover um sistema global mais equilibrado, menos dependente de potências ocidentais.
Segundo Lula, a união entre países emergentes pode oferecer alternativas reais às dinâmicas econômicas impostas por nações desenvolvidas. Para ele, essa articulação favorece um novo modelo de governança global mais justo e multipolar.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
As medidas comerciais adotadas por Trump, que atingiram o Brasil e outros países, foram vistas por Lula como prejudiciais ao comércio internacional.
Lula mencionou a possibilidade de recorrer à OMC e adotar tarifas recíprocas, caso não haja acordo com os EUA.
Ampliar a cooperação em áreas estratégicas, como energia, defesa, ciência e comércio.
