STJD denuncia John Textor por falta de provas em alegações de manipulação no futebol
A Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) moveu uma ação oficial contra o empresário americano John Textor após ele falhar em apresentar as alegadas provas de manipulação nos jogos do Brasileirão entre 2021 e 2023.
Inicialmente, após reivindicações de Textor sobre ter provas que apontavam para manipulação de resultados, o STJD agiu rapidamente. Textor foi então enquadrado no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata da omissão em cumprir decisões, levando a uma possível suspensão de até 360 dias.
Posteriormente, em uma entrevista concedida após a vitória do Botafogo sobre o Bragantino na Conmebol Libertadores, o empresário afirmou ter registros de juízes expressando descontentamento sobre a falta de pagamento de propinas.
Diante das afirmações do empresário, o STJD estabeleceu um prazo de três dias úteis para a entrega das evidências. Textor, contudo, ignorou o ultimato, levando a defesa a argumentar contra a legalidade da demanda de evidências.
A questão chegou ao plenário do tribunal, que descartou a suspensão provisória de Textor e discutiu sua própria competência para julgar o caso, enfatizando que as esferas criminal e esportiva são complementares, não excludentes.
Por fim, a falta de apresentação das provas por parte de Textor desencadeou um debate significativo sobre a responsabilidade e a transparência no esporte. O julgamento subsequente pelo STJD pode estabelecer um precedente importante na governança do futebol brasileiro.