O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o governo suspenderá a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. Durante esse período, a taxa de juros sobre as parcelas será zero. O governo tomou essa decisão para aliviar o estado, que enfrenta fortes chuvas e inundações, resultando em prejuízos bilionários e milhares de desabrigados.
Alívio Financeiro e Benefícios
A medida proporcionará um alívio de R$ 11 bilhões ao governo gaúcho. Além disso, municípios em situação de calamidade e com dívidas junto ao governo federal também se beneficiarão. O presidente Lula discutirá os detalhes da proposta em uma reunião virtual com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nesta segunda-feira (13).
Destinação dos Recursos Economizados
Para isso, é necessário garantir uma aplicação eficiente dos recursos economizados, o governo destinará esse dinheiro a um fundo público específico. Esse fundo financiará ações de enfrentamento e mitigação dos danos causados pela calamidade pública, bem como suas consequências sociais e econômicas.
Regras e Transparência
Contudo, o governo reincorporará os valores suspensos ao saldo devedor e os atualizará pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O projeto de lei complementar que será encaminhado ao Congresso Nacional estabelecerá um arcabouço permanente para a suspensão de dívidas de estados em casos de calamidade reconhecida pelo Congresso.
Além disso, o governo estadual ou municipal deverá apresentar um plano de trabalho ao Ministério da Fazenda e enviar relatórios anuais comprovando a aplicação das verbas.
Impacto e Necessidade de Recuperação
Inicialmente, o governo federal planejava suspender a dívida do Rio Grande do Sul durante o período de calamidade reconhecido até 31 de dezembro de 2024, oferecendo um alívio de R$ 3,5 bilhões. No entanto, após negociações internas, o período de suspensão foi ampliado. Especialistas estimam que o estado precisará de até R$ 100 bilhões para recuperar sua infraestrutura após os danos causados pelas enchentes.
Portanto, o governo federal busca não apenas oferecer um alívio financeiro imediato, mas também estabelecer um mecanismo de suporte contínuo para estados e municípios afetados por calamidades.