Um crime brutal chocou o município de Nobres, a 122 km de Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (13). Luciano Oliveira de Sousa, de 32 anos, invadiu a casa da ex-namorada Jucieli Ribeiro Caju Boa Morte, de 30, e a matou com dois tiros. O atual namorado da vítima reagiu, entrou em luta corporal com o agressor, tomou sua arma e atirou contra ele, que morreu no local. Dias antes do assassinato, um vídeo de câmera de segurança já havia mostrado Luciano agredindo violentamente Jucieli em um restaurante de Rosário Oeste, episódio que resultou em boletim de ocorrência e pedido de medida protetiva.
Invasão e reação desesperada
Luciano chegou armado à residência de Jucieli, localizada no bairro Jardim Glória, e esperou o momento em que o casal abria o portão para sair. Assim que viu a oportunidade, ele se aproximou, rendeu os dois e os obrigou a retornar para dentro de casa. O casal tentou se trancar em um dos cômodos, mas o agressor disparou contra as janelas e arrombou a porta com uma barra de ferro.
Dentro do imóvel, ele atirou duas vezes contra a ex-companheira. O atual namorado reagiu, lutou com o atirador e conseguiu desarmá-lo. Durante a briga, ele efetuou disparos contra Luciano, que morreu ainda no local. Jucieli chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Crime premeditado e uso de arma da atual companheira
As investigações apontam que Luciano dopou sua atual namorada, uma policial militar, antes de cometer o crime. Ele usou a arma e o veículo da agente para ir até Nobres e executar o ataque. O fato reforça a tese de premeditação e revela que o homem planejou cada detalhe da ação. A Polícia Civil de Nobres recolheu a arma utilizada e analisa câmeras de segurança da região para traçar o percurso do criminoso até o local. A corporação também busca entender se ele agiu sozinho e de que forma teve acesso à residência sem chamar atenção dos vizinhos.
Histórico de agressões e falha na proteção
Jucieli havia denunciado Luciano por agressão no dia 3 de setembro, quando registrou um boletim de ocorrência em Rosário Oeste e solicitou medida protetiva. Naquela mesma data, câmeras de segurança registraram o homem agredindo a vítima em um restaurante. Apesar da denúncia, ele continuou a persegui-la. O caso reacende a discussão sobre a ineficiência das medidas de proteção em casos de violência doméstica. Mesmo com o pedido judicial, Jucieli permaneceu vulnerável até o desfecho trágico.
Perguntas frequentes:
Ele aproveitou o vínculo com a policial para administrar substâncias antes de sair com a arma.
Sim, a fiscalização constante e o monitoramento do agressor poderiam ter evitado o ataque.
O caso pressiona o sistema de Justiça a adotar medidas mais efetivas de acompanhamento e proteção às vítimas.
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