Na última quarta-feira, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) protagonizou um momento curioso no plenário ao apresentar uma “Moção de Repúdio” ao filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, assim como ao autor do livro que deu origem à obra, Danilo Gentili, e ao ator Fábio Porchat. O filme, que tem gerado controvérsias desde seu lançamento, voltou ao debate público devido à sua continuação na grade de programação de serviços de streaming como Globoplay e Telecine.
A cena que catalisou a indignação de Wilson Santos envolve o personagem de Fábio Porchat, que, em um diálogo com adolescentes, sugere que eles deveriam “fazer masturbação” nele como forma de resolver conflitos. O deputado expressou sua preocupação com a influência de tal conteúdo sobre jovens na faixa etária de 12 a 14 anos, considerando-o um “absurdo”.
Esta não é a primeira vez que o filme enfrenta resistência. Desde seu lançamento, críticos têm atacado “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” por promover um humor que alguns consideram inapropriado para o público mais jovem, além de abordar temas polêmicos de maneira controversa.
Por outro lado, defensores da liberdade de expressão argumentam que o filme, como obra de ficção, possui o direito de explorar tais temas, cabendo aos pais ou responsáveis a decisão sobre a adequação do conteúdo para seus filhos. Além disso, enfatizam a importância da arte como espaço de reflexão e debate sobre questões sociais, mesmo que sejam apresentadas de maneira satírica ou provocativa.
A moção de repúdio de Wilson Santos abre um novo capítulo no debate sobre os limites da expressão artística e a responsabilidade dos criadores de conteúdo. Enquanto alguns veem na censura uma ameaça à liberdade artística, outros clamam por maior responsabilidade na representação de comportamentos em plataformas acessíveis ao público juvenil.