Cuiabano que vive no RS relata podridão: Cheiro forte de animais e pessoas mortas nas cidades mais alagadas. Veja vídeo:

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul recentemente deixaram um cenário de destruição e desespero. Canoas e São Leopoldo estão entre as cidades mais afetadas, com as águas submergindo áreas inteiras e desalojando milhares de pessoas.

As chuvas intensas que começaram no final de abril de 2024 resultaram em uma inundação histórica. Em Canoas, aproximadamente dois terços da cidade ficaram debaixo d’água, obrigando a evacuação de milhares de moradores e causando pelo menos quatro mortes confirmadas​​. Além disso, a Defesa Civil relatou um total de 107 mortes em todo o estado até o momento, com 136 pessoas ainda desaparecidas.

Os moradores de São Leopoldo enfrentaram uma situação igualmente dramática. O prefeito fez um apelo urgente para que os residentes das áreas de risco evacuassem imediatamente, prevendo a maior enchente já registrada no Vale do Sinos​​. A inundação trouxe não apenas a perda de vidas e propriedades, mas também um forte odor de decomposição que tem tomado conta das áreas afetadas, agravando ainda mais as condições insalubres.

A resposta do governo estadual inclui medidas de segurança rigorosas para conter saques e vandalismo, que aumentaram na esteira da catástrofe. Equipes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros estão em campo para auxiliar na evacuação e resgate das vítimas.

Além dos esforços de resgate, as autoridades enfrentam o desafio de gerenciar os abrigos temporários para os desalojados. Em Canoas, as autoridades transformaram diversas escolas e centros comunitários em abrigos improvisados para receber os milhares de desalojados.

A situação no Rio Grande do Sul permanece crítica, com esforços contínuos de resgate e recuperação em andamento. A solidariedade da população e a atuação coordenada das autoridades são essenciais para enfrentar os desafios impostos por essa tragédia sem precedentes.