A deputada Mizuho Umemura, integrante do partido nacionalista Sanseitō, reacendeu o debate sobre diversidade religiosa ao rejeitar a criação de novos cemitérios destinados a muçulmanos no Japão. Associações islâmicas solicitaram áreas específicas porque o enterro é parte essencial da fé e não se alinha à tradição japonesa de cremação. Mesmo assim, Umemura afirmou que o país não deveria alterar seus costumes para atender práticas estrangeiras. Além disso, ela declarou apoio a uma política de “Japan First”, em referência ao slogan criado por Donald Trump, o que ampliou ainda mais a repercussão de suas falas.
Governo reage e defende decisão regional
Após a declaração, o ministro da Saúde foi questionado sobre o tema e ressaltou que decisões relacionadas a cemitérios devem ser tomadas por autoridades regionais. Segundo ele, cada comunidade precisa avaliar suas próprias necessidades e condições locais antes de implementar mudanças. Ainda assim, a deputada manteve sua posição e reforçou que o Japão deve preservar suas tradições culturais. Dessa forma, o episódio trouxe à tona discussões sobre o equilíbrio entre práticas religiosas minoritárias e valores tradicionais amplamente enraizados na sociedade japonesa.
Comunidade muçulmana busca espaço e reconhecimento
A comunidade muçulmana no Japão é formada majoritariamente por imigrantes vindos de países asiáticos, como Indonésia e Brunei. Eles afirmam que, sem áreas adequadas para enterros, enfrentam dificuldades para cumprir rituais fundamentais da fé. Assim, a falta de espaços específicos gera insegurança e reforça a sensação de invisibilidade dentro de uma sociedade que valoriza fortemente seus costumes. Além disso, o debate mostra como desafios ligados à imigração e pluralidade religiosa seguem crescendo à medida que o país recebe mais trabalhadores estrangeiros.
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