O mastologista Danilo Costa, de 46 anos, foi preso nesta terça-feira (4), em Itabira, na Região Central de Minas Gerais, sob a acusação de estuprar uma paciente com câncer de mama durante uma consulta no Hospital Nossa Senhora das Dores. O crime teria ocorrido em 24 de janeiro.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que, ao entrar na sala do médico, ele fechou a porta, não a cumprimentou, a colocou contra a parede, levantou sua saia e a estuprou. Após o ato, Danilo Costa entregou uma receita médica e agendou uma nova consulta para 90 dias depois, orientando-a a sair por um corredor lateral para não ser percebida.
A filha da paciente registrou a ocorrência após a mãe chegar em casa abalada e relatar o ocorrido. A vítima, que já era atendida pelo médico há algum tempo devido ao tratamento oncológico, foi submetida a exame de corpo de delito.
Com o avanço das investigações, outras cinco mulheres, com idades entre 35 e 52 anos, também denunciaram abusos semelhantes cometidos pelo mesmo profissional. Diante das evidências, o Ministério Público solicitou a prisão preventiva de Danilo Costa, além da suspensão de seu passaporte e a realização de buscas em sua residência. A Justiça acatou todos os pedidos.
Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Dores informou que afastou o médico de suas funções até a conclusão das investigações e que está colaborando com as autoridades competentes.
O advogado de Danilo Costa, Hermes Vilchez Guerrero, afirmou que “a acusação não procede” e que estão sendo tomadas as medidas necessárias para reverter a prisão.
Em agosto do ano passado, Danilo Costa havia recebido um “Voto de Congratulações” da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelo trabalho realizado no tratamento do câncer de mama em Itabira e outros 28 municípios da região.
A Polícia Civil reforça a importância de que possíveis outras vítimas denunciem quaisquer situações de abuso, garantindo total confidencialidade durante o processo.
Este caso destaca a necessidade de vigilância constante e mecanismos eficazes para proteger pacientes vulneráveis, especialmente aqueles em tratamento de doenças graves, assegurando que ambientes de cuidado e tratamento sejam sempre seguros e respeitosos.